Inglês 
Espanhol 
2 min de leitura
0 comentários
A Grécia, nação com forte tradição marítima, celebra o aniversário da construção do Canal de Corinto, um marco da engenharia que transformou a navegação e o comércio marítimo no país. Situado ao sul, o canal liga o Mar Egeu ao Mar Jônico, cortando a península do Peloponeso e alterando significativamente as rotas marítimas na região.
O Canal de Corinto, uma impressionante construção que atravessa a Grécia, não é apenas uma façanha da engenharia moderna, mas também o culminar de um sonho antigo. Inaugurado em 1893, este canal reduziu drasticamente o tempo de viagem marítima ao eliminar a necessidade de contornar a península do Peloponeso, uma jornada que anteriormente adicionava cerca de 700 km às rotas.
Desde o século 7 a.C., figuras como o tirano Periandro de Corinto e vários imperadores romanos contemplaram a ideia de um canal. Nero, um dos mais determinados, chegou a iniciar a construção, mas o projeto foi interrompido após sua morte. A construção só ganhou impulso real após a independência da Grécia em 1830, e após várias tentativas e desafios financeiros, a obra foi finalmente concluída no final do século XIX.
A construção do Canal de Corinto
O Canal de Corinto, com seus 6,3 km de comprimento e 79 m de altura, é conhecido por ser o mais alto do mundo em alguns pontos. Com apenas 25 m de largura em certas áreas, a navegação é desafiadora, especialmente para navios maiores. Este aspecto limitou seu uso principalmente a embarcações menores, com cerca de 8 mil navios atravessando-o anualmente.
Apesar de sua utilidade, o canal enfrenta desafios significativos, principalmente devido à atividade sísmica na região, que tem causado frequentes deslizamentos de terra. Estes incidentes interromperam as operações várias vezes desde sua inauguração. Em janeiro de 2021, um desses deslizamentos resultou em uma paralisação prolongada, levantando questões sobre a viabilidade futura do canal.
Atualmente, esforços estão sendo feitos para restaurar e manter o canal, com um investimento de 32 milhões de euros destinados a prevenir novos deslizamentos e garantir a segurança. Enquanto isso, o Canal de Corinto permanece um ponto turístico crucial e um elemento vital da economia local, atraindo visitantes de todo o mundo. A conclusão da restauração atual é aguardada com expectativa, tanto por razões econômicas quanto históricas. O futuro do canal, uma maravilha tanto da natureza quanto da engenharia humana, continua a ser um tópico de debate e interesse internacional.
