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Obras paralisadas em Mato Grosso somam cerca de R$ 6,8 bilhões em investimentos com dinheiro público

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 31/01/2022 às 21:34
Um levantamento feito pelo Tribunal de Contas do estado de Mato Grosso chegou aos dados de mais de 2,7 mil obras paralisadas pela região
Um levantamento feito pelo Tribunal de Contas do estado de Mato Grosso chegou aos dados de mais de 2,7 mil obras paralisadas pela região. Fonte: Reprodução

Um levantamento feito pelo Tribunal de Contas do estado de Mato Grosso chegou aos dados de mais de 2,7 mil obras paralisadas pela região

O Tribunal de Contas de Mato Grosso divulgou os dados do levantamento feito pelo estado e apontou a marca de mais de 2,7 mil obras paralisadas na região. Além de apelar ao poder público por mais fiscalização e novas regras em relação aos prazos e demandas dessas construções. Tendo em vista que, até essa segunda-feira, (31/01), os recursos utilizados nas construções são retirados dos cofres públicos.

Veja também:

Tribunal de Contas de Mato Grosso divulga mais de 2,7 mil obras paralisadas no estado

O Tribunal de Contas de Mato Grosso fez um levantamento recente pelas construções e obras públicas que estão ocorrendo por todo o estado e divulgou que cerca de 2,7 mil obras seguem paralisadas por toda a região, acumulando um investimento público de cerca de R$ 6,8 bilhões. Assim, o valor final dessas obras irá aumentar e o prejuízo para o poder público do estado irá ser considerável para os próximos períodos.

O presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, comentou acerca da situação no estado de Mato Grosso e afirmou que “Segundo o levantamento, 73% delas estão concentradas nas áreas de infraestrutura e transporte, educação e saúde, o que enseja grande preocupação, diante da relevância dessas áreas”, se referindo ao crescimento linear do número de obras paralisadas nos últimos 10 anos, o que já custou R$ 3,6 bilhões aos cofres públicos, com estimativa de consumo de mais R$ 3,2 bilhões para a conclusão.

O Tribunal de Contas ainda apelou ao Poder Executivo Estadual e solicitou a criação e o desenvolvimento de projetos e leis que visem uma maior fiscalização e punição em casos de descumprimento de prazos e demandas, que causam um sério prejuízo ao governo local do estado.

Documento divulgado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso também divulga ranking de gestores das obras paralisadas

Além de fazer todo um levantamento sobre quais são os projetos que se encontram paralisados no estado, o documento também mostra o ranking das 20 unidades gestoras com maior quantidade de obras sem medição, das 20 unidades gestoras com maior quantidade de obras paralisadas e o ranking com as 20 empresas contratadas com maior quantidade e com os maiores valores de obras paralisadas, em uma análise realizada pela secretaria de Controle Externo (Secex) de Obras e Infraestrutura.

O conselheiro Guilherme Antonio Maluf também fez alguns comentários acerca do problema da falta de responsabilidade das gestoras dessas obras e destacou que “Existe uma ideia entre muitos gestores de que obras inacabadas tem que ser colocadas debaixo do tapete, dando lugar a novas obras. É justamente o inverso o que este Tribunal está pregando. Elas têm que ser encaradas, têm que ter orçamento e preferência”.

Por fim, o Tribunal de Contas de Mato Grosso propôs algumas formas de intervir e resolver esse problema, viabilizando a capacitação dos gestores no estado, e afirmou que “temos um grande número de prefeitos de primeira viagem, eleitos sem ter conhecimento de gestão. Estamos olhando por esse eixo também. Fizemos diagnóstico, vamos monitorar, mas também promover capacitação desses gestores”.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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