Atualmente, um dos grandes problemas para a construção civil, especialmente para quem está construindo um imóvel, é a alta de preços. Neste contexto, a escassez e a falta de mão de obra qualificada são algumas intempéries do setor.
Para driblar essas adversidades, novos conceitos de engenharia e contratos que aliem versatilidade e tecnologia na construção civil, estão surgindo.
Basicamente, essas tendências utilizam estruturas feitas em módulos e que usam aço galvanizado. Além disso, temos uma outra solução em alta no mercado, conhecida como turn key, que engloba todo o processo de construção da obra. A iniciativa tem feito sucesso em Rio Preto e região.
Em maio, o custo nacional da construção – por metro quadrado – fechou em R$ 1.601,76. Em junho, o custo passou a ser R$1.628,25, sendo R$974,47 relativos aos materiais de construção, e R$653,78 à mão de obra. Paralelamente, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) fechou em 1,65%, com queda de 0,58 ponto porcentual comparado ao mês anterior (2,17%), o que registrou a segunda maior taxa de 2022. Dessa forma, o índice apontou a alta de preços na construção civil, tocada pela inflação em um cenário pós-Pandemia.
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Eduardo Gorayeb, engenheiro civil e presente da Tego Frame, frisou: “Quem está construindo hoje busca economia, previsibilidade e sustentabilidade. Outro problema que enfrentamos hoje na construção civil é a falta de profissionais qualificados. Isso acaba elevando o custo da obra. Com novas tecnologias, como o steel frame, as estruturas em aço, estamos alcançando o nível de construção que os Estados Unidos atingiram há dez anos”.
Neste contexto, os imóveis de 90 quadros, por exemplo, que possuem um sistema construtivo mais veloz e tecnológicos, incluindo painéis de steel frame, uma tendência na construção civil, levam cerca de 45 dias para serem finalizados.
Além da facilidade na produção, a perda de materiais de construção no processo é quase zero, tornando a opção mais vantajosa em meio a um cenário de constante alta de preço. Para isso, as paredes contam com isolamento acústico e térmico, além de contar com instalações elétricas e hidráulicas. Dessa forma, a construção ainda comporta a cobertura e o acabamento escolhido pelo dono.
Devido a Tego Frame possuir modelos de plantas de 50 a 230 metros quadrados, Gorayeb afirmou: “A casa já acabada, com portas, pisos, janelas, cerâmicas e todo o revestimento custa em torno de R$ 3,5 mil, o metro quadrado. E o material, que é certificado, tem durabilidade de 500 anos”.
Contrato do começo ao fim da construção
Atualmente, outra opção surgiu para evitar a alta de preços e economizar na hora da construção. Chamado turn key, o engenheiro, arquiteto ou constrição responsável, levanta e compreende as necessidades do cliente, posteriormente, ele faz a elaboração de orçamento, a seleção dos acabamentos e já oferece o resultado, para garantir o início das obras.
Adriano Ferrari, CEO da Ferrari Costa Engenharia e Negócios, detalhou sobre o processo: “O conceito de turn key trata de um acordo contratual onde apenas um fornecedor é responsável pela obra do início ao fim. É literalmente uma virada de chave onde o proprietário da construção, seja ela uma casa ou imóvel comercial, paga ao construtor para que ele se responsabilize por todas as etapas da obra, de acordo com todos os itens anteriormente acordados”.
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Ainda de acordo com Ferrari, esse tipo de negócio construtivo derruba a alta de preços e torna o processo mais acessível para quem constrói, por aumentar o poder de compra e negociação. Além disso, ele reitera: “Com a centralização dos processos na mão deste profissional, a celeridade, até mesmo na solução de possíveis problemas que surjam, se torna mais segura e não se transforma em um problema para o proprietário”.
Por fim, o CEO da Engeoesp Engenharia, Alan Santos Silva, reforma que o processo de turn key, possibilita a compra de grandes volumes, além de acórdãos e reduções de custos na hora de construir. Dessa forma, o processo garante prazos, qualidades e economia para o cliente.