Segundo o que é afirmado pelo Bailey, da Knight Frank, é estimado que ao menos 80% dos analistas entrevistados em sua pesquisa acreditam que o mercado imobiliário irá piorar e o aluguel tende a ficar mais caro. Isso acontece por causa da maior demanda da população para conseguir o seu próprio espaço durante a pandemia d Covid-19, que iniciou no ano de 2022.
O frenesi pertencente ao mercado imobiliário aumentou durante a pandemia mas já se encontra enfraquecido por causa da elevada taxa de juros. A economia pode ser prejudicada de forma expressiva com o aumento de preços de aluguel para as classes baixas. Enquanto isso, alguns analistas acreditam que os enormes aumentos de preços que chegaram a mais de 50% durante o ano de 2021, podem estar chegando ao fim pela falta de interesse dos compradores por causa do preço do financiamento. Sabe-se que a situação ainda é bastante incerta.
No entanto, apesar de haver uma declínio no setor, quase certo com o estouro da bolha, é importante salientar que isso não significa que o setor ficará mais em conta para os compradores de primeira viagem. Muito pelo contrário: o mercado de compras fará com que os preços se mantenham, afirma o portal da Reuters em sua pesquisa divulgada nesta semana.
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Desaceleração no mercado imobiliário preocupa
Liam Bailey, chefe global de pesquisa da Knight Frank, afirmou em entrevista que há definitivamente uma desaceleração na construção civil por uma série de aspectos, como é o caso da taxa de juros elevada, que somente no Brasil está na faixa de dois dígitos – e o mesmo serve para a Argentina.
Mas não somente isso: a inflação deixada pela pandemia está fazendo com que as empresas tenham dívidas e precisem aumentar o valor cobrado pelos seus produtos, como é o caso da India Company, que é produtora de sacos de cimento e já anunciou que pretende aumentar 20 rubros sobre cada saco neste mês de junho, como forma de recuperar o que já foi perdido na crise.
Economia com inflação, taxa de juros alta e medo do consumidor quanto ao desemprego
Uma grande parte da desaceleração do mercado imobiliário está relacionada, na economia, quanto ao preço que está sendo cobrado pelos materiais e a dificuldade em superar a crise deixada na pandemia. Outro aspecto é que as construções não estão acontecendo de forma rápida o suficiente para acompanhar a demanda e haver um controle de preços. Isso faz com que muita gente esteja brigando por uma mesma casa e o seu preço aumente expressivamente, ou seja, segue a lei de oferta e demanda: quanto mais pessoas desejarem algo, mais caro esse produto fica.
Não há dúvidas que estes impactos acabam sendo repassados para os consumidores em forma de prejuízo e aumento de preços. Segundo o que é afirmado pelos especialistas, a correção do valor das casas não deverá chegar a nem mesmo 10%.