1. Início
  2. / Noticias
  3. / Fiscalização feita pelo TCE cita 140 obras suspensas em São Paulo, que somam R$ 1,4 bilhão
Localização SP Tempo de leitura 3 min de leitura

Fiscalização feita pelo TCE cita 140 obras suspensas em São Paulo, que somam R$ 1,4 bilhão

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 10/11/2021 às 00:25
Fiscalização do TCE constatou 140 obras com investimento público paralisadas no estado de São Paulo, somando cerca de R$ 1,4 bilhão
Fiscalização do TCE constatou 140 obras com investimento público paralisadas no estado de São Paulo, somando cerca de R$ 1,4 bilhão. Fonte: Reprodução

Em uma recente fiscalização, o TCE constatou 140 obras com investimento público paralisadas no estado de São Paulo, somando cerca de R$ 1,4 bilhão

Pela primeira vez desde o início da pandemia, o TCE (Tribunal de Contas do Estado), fez uma vistoria presencial por cerca de 113 cidades para analisar as obras de investimento público e como estava o andamento das construções em São Paulo. Durante a pesquisa, foi constatado que pelo menos 140 obras estão paralisadas e não têm previsão para conclusão, somando cerca de R$ 1,4 bilhão em investimento. Até essa terça-feira, (09/11), o setor da Construção Civil possui bastante oportunidades e cresce todos os dias. Com tal aumento, fiscalizar cada obra torna-se uma missão impossível.

Não deixe de ler:

Fiscalização do TCE constatou paralisação nas obras e negligência de órgãos responsáveis pelo estado de São Paulo 

O objetivo principal do TCE na fiscalização das obras de investimento público era o de avaliar como estava o andamento e a administração dessas construções, que incluíam creches, hospitais, unidades básicas de saúde e postos de abastecimento de água. O resultado da avaliação não foi o esperado e o TCE constatou que pelo menos 140 obras em 113 cidades diferentes estavam paralisadas e somavam mais de R$ 1,4 bilhão em investimento público. 

De acordo com a própria pesquisa do TCE, somente na cidade de São Paulo, 4 obras estavam paralisadas, entre elas uma rede de distribuição de água da Sabesp na Penha, zona leste; as obras de expansão da linha 17-ouro do metrô e uma escola. Isso causa um sério problema para a administração do estado, uma vez que as obras sofrem aumento de custo para a construção que podem chegar a cerca de 11,6% em relação ao valor inicial. 

Outro problema que atinge essas obras é que, mesmo com mais da metade do valor pago, elas não têm previsão para entrega e o contrato continua ativo com o governo do estado. Além disso, pelo menos metade dessas obras aparentam estar abandonadas e contam com sinais de vandalismo e ocupações irregulares, o que dificulta ainda mais a conclusão e a entrega das construções no estado de São Paulo. 

Órgãos responsáveis debatem acerca da entrega dessas obras com o TCE e exibem a sua versão dos fatos 

Os órgãos que ficaram responsáveis pela entrega das obras foram questionados acerca da conclusão das construções e das paralisações pelo estado e, de modo geral, afirmaram que pretendem entregar as obras nos próximos anos. Entretanto, as notas divulgadas não agradaram o TCE, uma vez que, com o retorno das atividades, o custo final dessas construções ficará mais elevado em relação ao inicial, prejudicando os gastos de investimento que o governo do estado terá. 

Segundo o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, por meio de uma nota informativa, o Hospital Auxiliar do Xotoxó, chamado de HAC, começou a ser construído em 2013 e tem previsão de entrega para 2022, apesar de que o custo final da obra ficará em torno de R$ 77,4 milhões, o que corresponde a um aumento de cerca de 14,8% em relação ao valor inicial da obra, que era de R$ 67,4 milhões.

Já a Sabesp, comentou que a obra da estação elevatória para bombeamento de água tratada teve início em agosto de 2014 e o previsto para o término era setembro de 2016, mas que agora não tem data para ser concluída. A empresa ainda afirmou que “Atualmente, a obra está paralisada porque a empresa contratada entrou com uma ação judicial pedindo a rescisão de contrato”.

Comentários fechados para esse artigo.

Mensagem exibida apenas para administradores.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos