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Crea-RJ comemora resultados da Construção Civil, mas alerta sobre desafios no setor

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 12/02/2022 às 01:13
Os representantes do Crea-RJ comemoraram os grandes resultados em obras e vendas na construção civil durante o ano de 2021, mas alertam em relação aos desafios de capacitação dentro do setor
Os representantes do Crea-RJ comemoraram os grandes resultados em obras e vendas na construção civil durante o ano de 2021, mas alertam em relação aos desafios de capacitação dentro do setor. Fonte: istockphoto

Os representantes do Crea-RJ comemoraram os grandes resultados em obras e vendas na construção civil durante o ano de 2021, mas alertam em relação aos desafios de capacitação dentro do setor

O setor da construção civil e o mercado imobiliário são os que mais cresceram durante o ano de 2021, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas ainda enfrentam alguns impasses. Assim, durante esta última quinta-feira, (10/02), representantes do Crea-RJ falaram sobre os bons resultados em vendas e obras no ano de 2021 e alertaram o setor sobre a falta de capacitação dos trabalhadores e os desafios na área.

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Entre os setores do mercado nacional, a construção civil é um dos principais em relação aos números de arrecadação, com vendas e obras a todo vapor, impulsionadas pelo mercado imobiliário. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil cresceu 8% em 2021, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Assim, os representantes do Crea-RJ comemoraram esses números e fizeram grandes projeções para o ano de 2022, alertando ainda sobre os desafios que o setor ainda enfrenta atualmente. 

O coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea-RJ, engenheiro Luiz Carneiro, comentou sobre as altas projeções para o ano e afirmou que “As pessoas estão começando a pensar em investir novamente. Esse é o aspecto positivo para o futuro do mercado, mas também gera insegurança, porque a cadeia de produtos, insumos e equipamentos para a construção civil sofreu e ainda sofre muito com a falta de materiais. Se a demanda represada for solta de uma vez, a escassez de material pode ser uma das consequências“.

Além disso, a criação de 285,5 mil novos postos de trabalho em 2021, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), é um ótimo termômetro para as projeções durante o ano de 2022. Com isso, os representantes do setor podem seguir otimistas em relação ao crescimento do segmento durante este ano e devem investir cada vez mais em obras, vendas e iniciativas que circulem capital dentro da construção civil, atraindo cada vez mais empreendimentos. 

Apesar de grandes projeções para o ano de 2022, o Crea-RJ ainda alerta sobre a falta de capacitação dos trabalhadores da construção civil 

Após os anos de instabilidade no mercado em razão da pandemia do Covid-19, os bons resultados do setor da construção civil no ano de 2021 são grandes motivos para comemorar, mas ainda são necessárias certas mudanças no segmento. Segundo o especialista do Crea-RJ, a capacitação dos trabalhadores para as obras e projetos dentro do setor ainda está estagnada e precisa mudar. Além disso, o setor enfrenta novos desafios neste ano, uma vez que o recente aumento da taxa básica de juros, a Selic, de 9,25% para 10,75% ao ano, por exemplo, ameaça adiar o sonho da casa própria de muitos brasileiros.

O especialista ainda destaca que, dentro do segmento da construção civil, as áreas que continuam em ascensão são a de vendas e o mercado imobiliário, impulsionados por novos projetos e grandes obras. Assim, os resultados mostram que, com 49,2 milhões de toneladas vendidas, a comercialização de cimento cresceu 9,7%, segundo a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Além disso, a comercialização de tijolos subiu 30% e a de aço bruto aumentou 20%, batendo 27 milhões de toneladas.

Um desafio que ainda é muito presente dentro do segmento, segundo o órgão, é o crescimento do mercado imobiliário, uma vez que, se os bancos e o governo não incentivarem mais as taxas de financiamento, é provável que haja uma redução no mercado imobiliário em si.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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