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Empresas no ramo da Construção Civil sofrem com alta nos custos dos materiais e obras precisam de reajustes nos orçamentos finais

24 de março de 2022 às 23:15
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A alta nos custos dos materiais da construção civil, em razão da inflação atual, tornou inviável a continuação de muitas obras e as construtoras pedem por novos reajustes dentro dos orçamentos para um valor mais adequado
A alta nos custos dos materiais da construção civil, em razão da inflação atual, tornou inviável a continuação de muitas obras e as construtoras pedem por novos reajustes dentro dos orçamentos para um valor mais adequado. Fonte. Pixabay

A alta nos custos dos materiais da construção civil, em razão da inflação atual, tornou inviável a continuação de muitas obras e as construtoras pedem por novos reajustes dentro dos orçamentos para um valor mais adequado

Durante esta última terça-feira, (22/03), o  Sindicato da Indústria da Construção Pesada de Minas Gerais (Sicepot-MG) comentou sobre a alta inflação nos custos dos materiais da construção civil e destacou os principais problemas enfrentados pelas construtoras em obras públicas. Com orçamentos sem reajuste, as empresas não conseguem dar continuidade aos projetos em razão das mudanças que ocorrem nos valores dos materiais necessários.

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Inflação impacta custos dos materiais da construção civil e obras públicas são afetadas negativamente em relação aos prazos para a finalização dos projetos 

A instabilidade na economia atual do Brasil vem influenciando em toda a cadeia produtiva dos setores nacionais, principalmente o setor da construção civil, uma vez que a alteração dos valores impacta de forma ainda mais incisiva nesse segmento. Assim, a inflação atual fez com que os custos dos materiais da construção civil fossem elevados de forma significativa e, com isso, a continuação de projetos de obras dentro do segmento vem se tornando cada vez mais inviável, uma vez que os preços estão mais elevados e os orçamentos não estão condizentes com essa realidade. 

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Os dados comprovam esse crescimento nos valores de forma muito clara, uma vez que, somente em  janeiro de 2022, por exemplo, o preço dos insumos da construção teve a maior alta anual registrada desde 2013. De acordo com o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), a alta foi de 18,65% em 2021, um crescimento significativo e inesperado para as construtoras e empresas que atuam dentro da cadeia de obras no setor da construção civil, trazendo uma série de incertezas em relação aos projetos já em desenvolvimento. 

Além disso, essa alta vem se acumulando dos últimos meses e, segundo o mesmo levantamento do Sinapi, em dezembro do ano passado, a média do custo por metro quadrado foi de R$1.514,52 no país, a qual R$910,06 dizem respeito a materiais, enquanto R$604,46 são de pessoal. Assim, as obras se tornam cada vez mais custosas dentro do segmento e as empresas que atuam na área precisam se adaptar em relação aos custos dos materiais de forma cada vez mais acelerada. 

Sicepot-MG comenta sobre dificuldade de construtoras em continuar com os projetos de obras públicas com a alta nos materiais da construção civil

Um dos principais problemas causados pela alta nos custos dos materiais da construção civil é a continuidade dos projetos de obras públicas, uma vez que o orçamento inicial não prevê todas as mudanças que podem ocorrer nos preços desses materiais ao longo do período estipulado para o projeto. Além disso, o reajuste dos orçamentos só acontece a cada ano e, com isso, a alta nos preços se acumula de forma significativa. 

Assim, João Jacques Vianna Vaz, presidente do Sicepot-MG, comentou sobre a necessidade de alterar a lei de reajuste para períodos menores e que condizem com a realidade dos preços, afirmando que “O X da questão é que a equação não fecha, pois, os insumos podem subir em qualquer momento, eles sobem aleatoriamente e temos que ajustar o preço que está vendendo. Desde que teve o plano real, tem previsto esse reajuste de preços de contratos públicos anualmente, uma vez por ano, mas os insumos sobem todo dia, as empresas não estão aguentando”.

Por fim, ele reconhece toda a ajuda que a lei de reajustes disponibiliza às obras da construção civil, mas ainda ressalta a necessidade de mudanças urgentes, para que as construtoras não sofram com a alta nos custos dos materiais a cada mês.

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