Mestre de obras, pedreiro e carpinteiro, esses são apenas alguns dos profissionais que estão em falta no setor, de acordo com um levantamento realizado pela CBIC.
Desde o início da pandemia, o setor de Obras de Construção Civil foi um dos que mais conseguiu se desenvolver. São inúmeras vagas de emprego ofertadas pelas mais diversas empresas para atender a demanda. No entanto, até essa terça-feira, (12/10), a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) revelou que, apesar das vagas disponíveis, ainda há um déficit quanto a contratação de profissionais da área. Isso acontece, pois, a mão de obra atual cobra bem mais para realizar determinado trabalho.
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Por que os profissionais do setor de Obras de Construção Civil estão cobrando mais caro?
Apesar de a demanda ser grande, as empresas estão pagando e exigem que o profissional dê o seu melhor. Porém, não é exatamente isso o que vem acontecendo. De acordo com um levantamento realizado pela CBIC, cerca de 77% das companhias estão com dificuldade no momento de recrutar um profissional. Ao todo, são três motivos que corroboram para o não-recrutamento, sendo eles:
- Poucos profissionais disponíveis
- Alguns não possuem qualificação no setor
- Valor cobrado pelo serviço é acima da média
Devido a situação pelo qual estamos passando, muitos acabam por tentar tirar proveito e cobrar um valor bem mais alto que o convencional. Além disso, mesmo exigindo uma quantidade abusiva no valor, a mão de obra nem ao menos possui a qualificação necessária para realizar a construção.
Por esse motivo, o setor de Obras de Construção Civil em algumas localidades, está reduzindo seus números dia após dia. Segundo o levantamento feito pela CBIC, alguns profissionais estão sendo mais procurados que outros, fazendo com que o valor cobrado fique ainda mais elevado.
Para José Carlos Martins, presidente da CBIC, a inovação nos sistemas utilizados no setor de Construção Civil são um dos principais fatores. Dessa forma, a quantidade de profissionais para atuar nas obras e que tenham conhecimento e qualificação necessária para desenvolver bem o seu trabalho, são poucos. Pode até possuir trabalhadores que não estão em atuação, no entanto, muitos não possuem a capacitação necessária e exigida pelas empresas.
Quais são os trabalhadores mais requisitados pelas empresas, mas que estão em indisponíveis no mercado?
Ao analisar atentamente o levantamento realizado pela CBIC, é possível notar que o profissional mais requisitado pelas companhias é o mestre de obras. Estima-se que, no momento, cerca de 65% das empresas que atuam no setor de Obras de Construção Civil, estão com dificuldade em encontrar profissionais aptos para ocupar esse cargo.
Em segundo lugar no ranking, temos o cargo de carpinteiro, com 55% de dificuldade em ser encontrado com disponibilidade. Logo em seguida, outro trabalhador que está escasso no mercado é para ocupar o cargo de pedreiro, o equivalente à 46% de dificuldade. Em relação aos serventes, esses não são considerados como sendo uma mão de obra qualificada. Dessa forma, não há muita dificuldade em ser encontrado pelas empresas.