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Setor da construção civil deve desacelerar em Campo Grande com baixa nos alvarás de obras

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 31/01/2022 às 09:15
O município de Campo Grande está com baixa nos alvarás de obras e o setor da construção civil deve desacelerar no início de 2022, com poucos projetos em desenvolvimento
O município de Campo Grande está com baixa nos alvarás de obras e o setor da construção civil deve desacelerar no início de 2022, com poucos projetos em desenvolvimento. Fonte: Pixabay

O município de Campo Grande está com baixa nos alvarás de obras e o setor da construção civil deve desacelerar no início de 2022, com poucos projetos em desenvolvimento

O início do ano de 2022 não está sendo nada positivo para o setor da construção civil no município de Campo Grande. Isso acontece porque o número de alvarás para novas obras e projetos está diminuindo bastante. Dessa forma, a Acomasul (Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul) revelou, durante este último domingo, (30/01), os motivos pelos quais está ocorrendo uma queda nesse segmento.

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Apesar de ser um dos mais estáveis durante a maior parte dos períodos anuais, o setor da construção civil vem sofrendo uma queda significativa no município de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Isso acontece pois os números de alvarás de liberação para novas obras e projetos diminuíram neste primeiro momento do ano, em comparação com o ano de 2021, e os representantes do segmento no município esperam que o setor desacelere nesse primeiro trimestre.

Segundo dados da Acomasul (Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul), no período de 1º de janeiro de 2021 a 24 de janeiro 2021 foram emitidos 156 Alvarás de Construção e 145 Cartas de Habite-se, no mesmo período em 2022 foram emitidos 142 Alvarás de Construção e 139 Cartas de Habite-se. Esses números revelam a queda que o setor vem sofrendo e a nova realidade da construção civil no ano de 2022. 

Um dos principais motivos que levaram a esses números é o encarecimento dos imóveis em razão da alta nos preços dos materiais da construção civil. Além disso, em relação à regularização de edifícios, a Acomasul afirmou que foram protocolados 19 processos em 2021 e 17 processos em 2022 no mesmo período. Esses números revelam uma queda de 7% na emissão dos alvarás e 2% nas cartas do Habite-se em relação ao mesmo período no ano de 2021. 

Custos dos imóveis devem encarecer durante segundo semestre de 2022 e setor da construção civil irá sentir o impacto no município

A redução nos alvarás liberados para novas obras no segmento no município de Campo Grande é clara e preocupa os representantes. No entanto, a Acomasul destaca que, mesmo com uma queda nas liberações, os números ainda não são tão expressivos e podem não impactar de forma significativa o setor. Apesar disso, a associação se preocupa em relação aos preços dos imóveis neste ano, uma vez que INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou um aumento de 48%, o que pode impactar negativamente os preços nos próximos meses. 

Assim, o presidente da Acomasul (Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul), Diego Canzi Dalastra, comentou sobre as projeções para o mercado imobiliário e as obras durante os próximos meses e destacou que “como o ciclo da construção civil é um pouco mais lento, o valor demora mais para ser sentido pelo bolso do consumidor. Acreditamos que isso vai ocorrer por volta do segundo semestre do ano, que vai de fato se acabar os estoques de imóveis antigos e terá só imóveis construídos com o custo novo”.

Com isso, o município de Campo Grande está cada vez mais distante de novos projetos voltados para a casa própria e os moradores não conseguem alcançar esse desejo com facilidade em razão dos altos custos. O que se espera é que novas obras possam acontecer neste período para que o segmento não sofra com os índices.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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