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Universidade Federal da Paraíba desenvolve material com fibra vegetal para ser utilizado na construção civil

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 17/08/2021 às 16:21
Construção – Paraíba – construção civil
Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba/ Fonte: G1-Globo

O material que pode ser utilizado na construção civil, é obtido a partir do petróleo e de sobras de fibras vegetais da fabricação de vassouras

Dois pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Denise Muniz e Eduardo Santos, egressos do curso de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPCEM), desenvolveram o fibranato, compósito polimérico reforçado por sobras de fibra vegetal, que pode ser utilizado na construção civil. Confira ainda esta notícia: Construtora está contratando candidatos com e sem experiência, para vagas de emprego em SP, RJ, MA e RS

O material que pode ser usado na construção civil

O fibranato pode ser aplicado na construção civil enquanto revestimento de superfícies, como pisos e paredes, em ambientes internos e externos, em substituição a rochas ornamentais, a exemplo do mármore, do gnaisse e do granito. Um material compósito, também chamado de composite, é um material formado pela união de outros materiais com o intuito de obter um produto de maior qualidade. O fibranato desenvolvido por Denise Muniz e Eduardo Santos, pesquisadores da universidade da Paraíba, foi criado com resina polimérica insaturada.

Essa resina foi obtida do craqueamento do petróleo, um processo químico que transforma frações de cadeias carbônicas maiores em frações com cadeias carbônicas menores, e reforçada por sobras de fibras vegetais obtidas do descarte do processo de fabricação de vassouras, submetidas a tratamento superficial.

Aumento dos produtos de fibra no mercado

Denise Muniz, uma das pesquisadoras do projeto da universidade da Paraíba, diz que “Conforme o estudo realizado em minha tese, espera-se beneficiar, na melhor das hipóteses, uma população de produtores de fibra de piaçava, uma espécie de palmeira [usada na fabricação de vassouras, artesanato e coberturas de cabanas]. Esses produtores habitam a Costa do Dendê e a Costa do Cacau, no Sul da Bahia, cuja matriz econômica é estruturada na produção agrossilvipastoril, que integra atividades agrícolas, pastoris e florestais”.

Segundo a doutora pela Universidade Federal da Paraíba, o fibranato se insere em um mercado que movimentou cerca de R$ 74 bilhões em 2019, somente no âmbito da construção de edifícios residenciais e comerciais, cujo crescimento estimado é de 4% para este ano. “A demanda por revestimentos tenderá a acompanhar este percentual”, analisou a pesquisadora.

Foto do material desenvolvido/ Fonte: Universidade Federal da Paraíba

Veja também esta notícia: Sustentabilidade – aditivos para concreto ajudam a economizar água na construção civil

Hoje, o setor da construção civil é responsável por cerca de 21% do consumo de água tratada em todo o mundo, de acordo com o US Green Building Council. Cada vez mais construtoras estão direcionando a atenção para a economia de consumo de água no canteiro de obras. Para ajudar nessa tarefa, o uso de aditivos para concreto se tornou uma opção mais sustentável para a construção civil.

Além de melhorar o desempenho, aumenta a durabilidade do produto final, principalmente pela redução da relação de água e cimento. Adicionada na mistura de cimento, água, areia e brita, a substância proporciona diferenciais para a concretagem, além de ajudar na economia de água nas obras, conforme aponta o diretor da Camargo Química, indústria química catarinense, Fábio Camargo.

“As vantagens e benefícios dos aditivos para concreto também podem ser notadas na qualidade final do produto, proporcionando um concreto mais eficiente na construção civil. O uso de aditivos para concreto melhora o desempenho, aumenta a durabilidade e reduz o uso de água e cimento na obra”, diz. Camargo explica que, além da economia de água, é possível apontar a boa trabalhabilidade durante o processo de aplicação, o aumento da resistência inicial, durabilidade, melhor impermeabilidade, aceleração do tempo de pega, redução da retração e aumento da plasticidade do concreto.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduanda em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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