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BIM será caminho natural para obras de engenharia de saneamento

22 de outubro de 2021 às 09:46
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BIM - infraestrutura - obras - saneamento
Washington Luke (Valec) e Wilton Catelani (Bim Fórum Brasil) participam de painel na Paving Hybrid, moderado por Anderson Alvarenga (DNIT) Crédito: Vinicius Buarque

A programação da tarde da Paving Hybrid terá o painel sobre tecnologias e soluções de pavimentação, com a participação de fabricantes dos equipamentos

O BIM (Building Information Modeling) deverá ser usado de forma consistente nas obras para atender as metas do Marco Legal do Saneamento, sancionado em julho de 2020. Essa é a conclusão de Washington Luke, diretor de Empreendimentos da Valec, durante o painel A Implementação do BIM para Infraestrutura, durante a Paving Hybrid, que vai até sexta-feira, dia 22 de outubro, no Expo Center Norte.

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“O BIM será o caminho natural para a realização de projetos de engenharia na área de saneamento, uma vez que as obras são enterradas e há a dificuldade de encontrar os projetos antigos, com mais de trinta anos. Assim, será preciso refazer os projetos, a fim de conseguir expandir as estruturas existentes”, disse Luke, que trouxe ainda outras iniciativas que visam estimular a aplicação da ferramenta em obras pelo Brasil. Um exemplo foi a Frente Parlamentar do BIM, que regulamentou o uso da metodologia na nova Lei de Licitações para projetos de edificações e de infraestrutura.

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Uso do BIM na integração dos modais rodoviário, ferroviário e portuário

Além disso, a Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura instituiu, recentemente, a Câmara Temática BIM Infraestrutura, que vai trabalhar a questão da logística 4.0, que inclui o uso do BIM na integração dos modais rodoviário, ferroviário e portuário. Para o próximo ano, segundo Luke, estão previstos o desenvolvimento da utilização de GeoBIM (BIM + GIS) para o licenciamento ambiental e para obras de saneamento básico.

No caso da infraestrutura, ele falou sobre a importância do uso do GeoBIM na infraestrutura, que necessitam a localização dos objetivos da construção em mapas, ou seja, das coordenadas geográficas para geoespacializar os elementos construtivos no ciclo de vida da obra, desde a fase do projeto, passando pela execução até a manutenção. “A ligação entre as duas ferramentas é, justamente, a informação”, pontuou Luke, que acrescentou a possibilidade de convergência das camadas de informação, utilizando um único mapa.

A informação foi ressaltada também por Wilton Catelani, presidente do Bim Fórum Brasil, que participou do painel moderado por Anderson Alvarenga, analista de Infraestrutura de Transporte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). “Nosso desafio é focar em informações, a fim de serem interpretadas pelos softwares, pois o BIM não é só geometria e os dados não geométricos são fundamentais para viabilizar a construção”.

BIM amplia o potencial de ganho em áreas como planejamento e manutenção, independentemente do tipo de construção – edificações, industrial, comercial, infraestrutura, entre outros.

Catelani destacou que a falta de informação dificulta a realização da manutenção e exemplificou com as obras de arte especial que necessitam de reparos e não se encontram os respectivos projetos. A seu ver, essa visão que o BIM traz de focar na informação amplia o potencial de ganho em áreas como planejamento e manutenção, independentemente do tipo de construção – edificações, industrial, comercial, infraestrutura, entre outros.

Outros dois pontos foram tratados pelo especialista: contrato e padronização. No caso do primeiro assunto, ele avaliou que é preciso mudar a forma de contrato para ressaltar a colaboração e a integração entre todos os atores, incentivando comportamentos desejados e controlados aqueles que são indesejados. Esse trabalho em conjunto é importante, segundo ele, pois há o desenvolvimento de muitas pessoas, com organizações motivadas por razões diferentes e a necessidade de realizar inúmeros processos com dezenas de informações compartilhadas. Já sobe a padronização, Catelani ressaltou a importância de ter informações padronizadas para que os softwares possam ter sua utilização otimizada.

A programação da manhã da Paving Hybrid contou ainda com a palestra do engenheiro Ramon Luis Cavilha, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Maccaferri, que falou sobre os geossintéticos mais aplicados no Brasil e o uso de geocompostos para drenagem profunda e de pavimento.

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