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Início Gasoduto Transaariano, que cortará a África, levará gás a Europa e faz parte de um projeto gigantesco que unirá três países

Gasoduto Transaariano, que cortará a África, levará gás a Europa e faz parte de um projeto gigantesco que unirá três países

1 de agosto de 2022 às 16:49
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Gasoduto Transaariano
Gasoduto Transaariano (Reprodução: divulgação)

Na última semana, os ministros de Energia da Argélia, Níger e da Nigéria assinaram o memorando de entendimento (MoU) que garante a construção do Gasoduto Transaariano (TSGP), um gasoduto de 4 mil quilômetros que pretende cruzar o deserto do Saara para fornecer gás adicional a Europa. O Gasoduto deverá enviar bilhões de metros cúbicos de gás nigeriano para a Argélia através do Níger.

Dessa forma, a Argélia será responsável por enviar aos países da Europa o gás, por meio da Transmed, que liga o país a Itália via a Tunísia, além de que o GNL (gás natural liquefeito) será transportado por navios-tanque.

Entre os responsáveis pelo memorando, temos o Ministro argelino da Energia e Minas, Mohamed Arkab, além dos representantes da Nigéria, Timipre Sylva e do Níger, Mahamane Sani Mahamadou, que também assinaram o memorando. O texto foi um entendimento em Argel realizado em uma reunião entre os três países.

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Além de confeccionar o memorando, ele também discutiu outros pontos do projeto, tais como o status do progresso, conforme o acordo com a APS. Atualmente, não foi dada nenhuma indicação de quando o Gasoduto Transaariano ficará pronto e começará às suas atividades.

Europa procura diversificar fontes de gás

(Reprodução: Canal: Euronews)

Projeto do Gasoduto Transaariano é reativado devido a alta procura por petróleo e gás

Inicialmente lançado em 2009, o Gasoduto Transaariano (TSGP) teve o seu investimento inicial estimado em 10 bilhões de dólares. Ele possui 4,128 km, divididos entre 1.036 km na Nigéria, 2.310 km na Argélia e 841 km no Níger. Ele pretende ligar os campos de gás na Nigéria, pelo Níger, para lidar com a rede argelina.

Devido a crise geopolítica regional, os três países africanos decidiram reativar o projeto. A demanda ocorreu devido a forte procura por petróleo e gás. Além disso, existe uma estagnação da oferta devido a queda dos investimentos, o que, paralelamente, também motivou a reativação do projeto.

Neste contexto, eles destacaram a construção do Gasoduto Transaariano para a criação de um mercado de energia africado, assim como o agrupamento da engenharia e dos recursos das empresas nacionais de hidrocarbonetos, que garantem o desenvolvimento da indústria independente.

Além disso, o gasoduto também permitirá – durante a sua rota – o abastecimento das regiões dos países do Sahel. Neste sentido, uma razão para reativar o projeto também está no aumento dos preços no mercado internacional, especialmente devido ao conflito entre a Rússia e Ucrânia, que eclodiu no fim de fevereiro.

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Gasoduto Transaariano terá papel crítico no mercado africano

Anteriormente, o país do norte da África, que possui reservas comprovadas de gás natural de quase 2.4 bilhões de m3, forneceria cerca de 11% do gás consumido na Europa, isso antes do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, em contrapartida, dos 47% distribuídos pela Rússia. Em suma, ele é o maior exportador africano de gás natural, e ocupa o 7º no ranking global.

Além disso, com o gás natural emergindo como uma forma de “energia do futuro”, o Gasoduto Transaariano desempenha um papel importante no posicionamento do Níger, assim como Argélia e na Nigéria, devido a sua característica vanguardista.

O projeto – avaliado em US$13 bilhões – será responsável pelo crescimento socioeconômico da região, e será responsável por desbloquear os investimentos maciços em todo o setor energético da região. Dessa forma, a iniciativa gerará diversos novos empregos, em diversas áreas, tais como petroquímica e manufatura. Além disso, o projeto também posiciona a África como um centro global de energia.

Neste contexto, o mercado de energia do Níger possui um grande potencial significativo, e o desenvolvimento do Gasoduto Transaariano, garantido através do estabelecimento da task-force, é fundamental para o país destravar os seus investimentos e impulsionar o seu desenvolvimento multissetorial nos próximos anos.

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