Após alguns meses em queda, o custo da construção sofreu com um aumento na inflação de cerca de 0,80% durante o mês de outubro, o que preocupa a FGV
O Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M) é medido pela FGV para registrar a variação no custo da construção, ou seja, nos preços dos materiais utilizados nesse setor das empresas. Durante a última terça-feira, (26/10), a FGV anunciou que durante o mês de outubro, houve um aumento de 0,80% na taxa de inflação no custo da construção.
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Aumento nas taxas de inflação do índice de custo da construção potencializa os gastos excessivos nesse setor pelo país
Com o objetivo de auxiliar as empresas dessa área no controle de gastos, o Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M) busca entregar sempre as informações sobre os valores dos materiais utilizados no setor da construção, mas o último mês não foi tão favorável para essas companhias, uma vez que ocorreu um aumento que não era esperado na taxa de inflação do índice, o que impacta diretamente nos gastos para os projetos desse setor.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o mês de outubro registrou uma taxa de inflação de cerca de 0,80% no custo da construção, o que foi superior ao mês de setembro, que havia registrado 0,56%. Entretanto, esse índice em outubro do ano passado foi bem maior, chegando a 1,69% somente em taxas de inflação. Assim, o crescimento neste mês está entre a média dos dois anos, não havendo uma diferença discrepante.
Essa variação na taxa de inflação do custo da construção registrada pela FGV representa um problema que, apesar de não ser tão grande, pode impactar negativamente o setor da construção no país inteiro. Isso acontece pois os materiais necessários para essas obras vão sofrer com um aumento e, consequentemente, os custos de produção também.
FGV registra crescimento na inflação dos materiais e equipamentos embora a inflação dos serviços tenha caído
Além da preocupação com o aumento na inflação do custo da construção em relação à alta nos preços dos materiais, outro pilar essencial para os projetos neste setor são os custos relacionados a serviços, uma vez que os gastos nessa área são significativos, principalmente levando em consideração o custo de mão de obra, primordial para qualquer construção e que faz toda a diferença para as grandes empresas.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), durante o mês de outubro, houve um crescimento na inflação dos materiais e equipamentos, subindo de 0,89% para 1,68%, em especial aqueles granéis metálicos, que sofreram com um aumento de 0,37% em setembro para 4,36% em outubro. No entanto, a inflação relacionada aos serviços caiu de 0,56% para 0,36% e a mão de obra recuou de 0,27% para 0,10%, o que pode ser benéfico para as grandes companhias em relação a esses gastos nos projetos.
Esse crescimento na inflação sobre o custo da construção é um problema que ainda perdura pelo país, uma vez que, segundo a FGV, as taxas acumulam cerca de 12,88% ao ano. A previsão é de que os indicadores continuem subindo em relação aos custos dos materiais, o que pode não ser tão agradável para as empresas desse setor no Brasil.