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Setor da construção civil pode ser beneficiado com a reciclagem de materiais como o concreto

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 25/01/2022 às 11:17
Assim como o concreto, reciclagem de materiais da construção civil já é realidade em algumas obras e o setor pode ser altamente beneficiado com essa prática
Assim como o concreto, reciclagem de materiais da construção civil já é realidade em algumas obras e o setor pode ser altamente beneficiado com essa prática. Fonte: Divulgação

Assim como o concreto, reciclagem de materiais da construção civil já é realidade em algumas obras e o setor pode ser altamente beneficiado com essa prática

O setor da construção civil é um dos que mais geram rejeitos no planeta inteiro, em razão das constantes obras desenvolvidas. No entanto, a reciclagem de materiais como o concreto já é uma realidade e a empresa Sika revelou no decorrer dessa última segunda-feira, (24/01), sobre os benefícios dessa iniciativa para a sustentabilidade dentro do segmento.

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Rejeitos das obras da construção civil poderiam ser reciclados para amenizar impactos causados pelo setor 

A circularidade na construção civil é um debate cada vez mais recorrente dentro do segmento, em razão do agravamento dos impactos ambientais causados pelos rejeitos do setor. Assim, essa iniciativa se baseia nas leis da natureza para produzir, utilizar e, por fim, reciclar os materiais para que o ciclo possa se repetir. Dessa forma, um dos principais materiais utilizados no setor, o concreto, poderia ser facilmente reutilizado em projetos futuros e isso já acontece em algumas áreas do mundo. 

No total, cerca de 40% dos resíduos produzidos no mundo inteiro são provenientes do setor da construção civil, apesar de que muitos desses materiais têm grande potencial para a reutilização. Assim, a reciclagem do concreto vem sendo um grande passo para a sustentabilidade dentro do setor. O produto é triturado após a demolição de obras e assim pode ser reutilizado como base para novas construções e projetos dentro do segmento, reduzindo custos com o material e contribuindo com o meio ambiente na mesma medida. 

Entretanto, um desafio muito comum enfrentado no processo de reciclagem do concreto era a perda do material, uma vez que, em razão da baixa qualidade dos agregados secundários, sua taxa de troca pelo material primário ficava limitada a cerca de 30%. Esse fator fez com que muitas companhias de materiais da construção civil ao redor do mundo inteiro buscassem soluções mais viáveis para essa reciclagem, sem uma perda tão grande do material primário do concreto. 

Multinacional Sika é destaque no processo de reciclagem do concreto e reutilização em obras futuras da construção civil

O problema da perda do material primário no processo da trituração e reciclagem do concreto levou à Sika a adotar novos estudos e iniciativas para tornar essa reutilização muito mais eficiente no mercado da construção civil. O processo adotado pela empresa trata-se da sinergia de um tratamento químico-mecânico dos resíduos da demolição de concreto. Assim, os resíduos da trituração podem ser separados em agregados secundários para reciclagem com um nível de qualidade semelhante ao das matérias-primas tradicionais; como um pó que pode ser usado como matéria-prima secundária em várias aplicações.

Simplificando ainda mais o processo, o método utilizado pela Sika separa o concreto em seus produtos primários como a brita, a areia e o calcário, e essa separação permite que cada um deles seja utilizado em obras futuras de maneira mais eficiente. Um ponto positivo é a comparação com o uso desse concreto reciclado e da estrutura nova, uma vez que a empresa realizou testes comparativos que mostraram que as estruturas construídas com o novo concreto de conteúdo reciclado funcionam de forma semelhante a uma estrutura totalmente nova.

Thomas Hasler, CEO da Sika, destaca que “só nos cinco maiores países da União Europeia, cerca de 300 milhões de toneladas de concreto velho são gerados todos os anos. Com a reciclagem completa desses materiais, até 15 milhões de toneladas de emissões de CO2 podem ser capturadas. Estamos convencidos de que nosso novo processo tem potencial para beneficiar nossos clientes e o meio ambiente.”

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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