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CBIC destaca que setor da construção civil no Brasil enfrenta falta de mão de obra qualificada e empresas tem investido na capacitação dos trabalhadores para os projetos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 04/07/2022 às 09:48
Os projetos da construção civil estão necessitando de uma mão de obra cada vez mais qualificada e CBIC destaca que as empresas do setor estão enfrentando dificuldades em achar trabalhadores com a capacitação necessária para isso
Os projetos da construção civil estão necessitando de uma mão de obra cada vez mais qualificada e CBIC destaca que as empresas do setor estão enfrentando dificuldades em achar trabalhadores com a capacitação necessária para isso. Fonte: iStock

Os projetos da construção civil estão necessitando de uma mão de obra cada vez mais qualificada e CBIC destaca que as empresas do setor estão enfrentando dificuldades em achar trabalhadores com a capacitação necessária para isso

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) comentou nessa última terça-feira, (05/04), sobre o crescimento na procura por mão de obra qualificada no setor da construção civil e na dificuldade que as empresas enfrentam na busca por profissionais qualificados, investindo agora na capacitação dos trabalhadores para o desenvolvimento dos projetos de obra dentro do segmento no Brasil. 

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Ofertas de emprego no setor da construção civil crescem, ao passo em que a qualificação da mão de obra é cada vez mais escassa dentro desse segmento no mercado nacional 

Com a chegada da pandemia no ano de 2020 e a continuação do afastamento social ao longo de grande parte do ano de 2021, o setor da construção civil foi bastante impulsionado com os projetos de obra e conseguiu se manter bastante resiliente, além de ter expandindo o número de contratações e de oportunidades de emprego para o desenvolvimento dos projetos no segmento. 

Segundo a CBIC, 90% das empresas do país estão com problemas para encontrar mão de obra, e o principal motivo apontado pelas construtoras é a falta de profissionais qualificados para atuação no setor da construção civil. Dentre os trabalhadores mais procurados e que são destaque nesse estudo, serralheiro, carpinteiro e pedreiro especialista em acabamento fino são as funções mais demandadas. Assim, as 400 mil vagas abertas desde o ano de 2020 dentro do segmento da construção civil estão cada vez mais difíceis de serem preenchidas com profissionais qualificados e com a capacitação necessária para atuarem no setor.

Somente nos últimos dois anos, o setor da construção civil obteve um aumento de quase 25% na demanda por mão de obra, segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). No entanto, os trabalhadores não seguiram a linha de expansão e não acompanharam as necessidades de mais capacitação para os projetos do segmento, que se encontram cada vez mais elaborados, frente às novidades e novas soluções que estão surgindo e sendo aplicadas dentro da cadeia de obras no setor. 

Empresas da construção civil sofrem com a procura de mão de obra qualificada e investem na capacitação dos trabalhadores para o desenvolvimento de projetos elaborados

Ao longo dos últimos meses, a falta de mão de obra qualificada se intensificou ainda mais dentro do segmento da construção civil, uma vez que os projetos que estavam em fase de desenvolvimento inicial ou engavetados foram desenterrados e iniciados pelas companhias do Brasil inteiro. Assim, o que aconteceu foi um superaquecimento do setor e um baixo acompanhamento dos trabalhadores do segmento para entrarem nesses projetos com a capacitação necessária e exigida pelas empresas. 

Dessa forma, as companhias estão com duas alternativas: mudarem os projetos de obra ou investirem na capacitação dos trabalhadores e a última opção vem sendo a mais viável para elas. Assim, a coordenadora do curso de engenharia de produção da Estácio, Cíntia Grazielle Alves dos Santos Bravo, afirmou que “os dois profissionais mais difíceis de se encontrar no mercado são carpinteiro e pedreiro de acabamento fino. Inclusive há construtoras que mudaram o perfil de seus projetos devido à falta de pessoal qualificado. O mercado é ainda muito artesanal, então em algumas atividades a gente fica refém de algum profissional”.

Agora, com uma estabilidade maior dentro do segmento, o que a CBIC e outros órgãos da construção civil esperam é que as empresas possam investir na capacitação pesada desses profissionais e que o setor continue crescendo ao longo de 2022.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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